

PESQUISADORES


Produção Científica:
http://revistaalceu.com.puc-rio.br/media/1%20-%20Sacramento.pdf
http://www.ciberlegenda.uff.br/index.php/revista/article/view/751
http://periodicos.uff.br/contracampo/article/view/17577
http://www.ojs.ufpi.br/index.php/rbhm/article/view/7177
http://www.matrizes.usp.br/index.php/matrizes/article/view/422/pdf
Igor Sacramento . Igor Sacramento é doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pós-doutorado pela mesma instituição. Atualmente, é pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fundação Oswaldo Cruz e do Núcleo de Estudos e Projetos em Comunicação (NEPCOM/ECO/UFRJ). É professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCOM/UFRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Fiocruz). Autor de livros como Dias Gomes: um intelectual comunista nas tramas comunicacionais (Pedro & João Editores, 2016) e Depois da revolução, a televisão: cineastas de esquerda no jornalismo televisivo dos anos 1970 (Pedro & João Editores, 2011), organizou, entre outras, as seguintes coletâneas: História da comunicação: experiências e perspectivas (com Leticia Cantarela Matheus); Mikhail Bakhtin: linguagem, cultura e mídia (com Ana Paula Goulart Ribeiro); Saúde e jornalismo: interfaces contemporâneas (com Kátia Lerner) e História da Televisão no Brasil (com Ana Paula Goulart Ribeiro e Marco Roxo). Tem experiência de pesquisa nas áreas de comunicação, história e saúde, dedicando-se especialmente aos seguintes temas: história da comunicação; televisão; memória; narrativas biográficas; produção de identidades; processos de subjetivação e discursos sobre corpo, saúde e doenças.
Pesquisas desenvolvidas:
O imperativo da saúde: corpo, estilo de vida e performances de gênero na cultura da mídia (décadas de 1980/2010).
Descrição: Nas últimas cinco décadas, a corrida, a musculação, o fitness e diversas outras modalidades de exercício físico conquistaram inúmeros adeptos no Brasil, estabelecendo-se dentro do que se comumente entende como estilo de vida saudável. No processo continuado de produção de discursos que articulam estilo de vida, boa forma, bem-estar e saúde, os indivíduos são instados a buscar deter (e a conquistar ainda mais) uma saúde espetacularizada na superfície do corpo e na exposição midiática de condutas, formas físicas, escolhas consideradas saudáveis e de advertências sobre práticas consideradas arriscadas à saúde e que podem promover ou já promoveram frustrações, adoecimentos e sofrimentos. Este projeto de pesquisa tem como objetivo investigar como os discursivos midiáticos articulam as relações entre corpo, performances de gênero e estilo de vida saudável em duas décadas: nos anos 1980, quando surgiram no mercado editorial brasileiro revistas especializadas em veicular informações sobre saúde e boa forma, e nos anos 2010, quando a partir do lançamento do Instagram, diversos perfis se especializar em publicar postagens sobre estilo de vida saudável, particularmente associado à promoção de hábitos considerados fitness. A pesquisa se interessa por observar as continuidades e descontinuidades dos processos representacionais das performances de gênero e do corpo em relação às redes discursivas sobre saúde, beleza e bem-estar, bem como acerca dos ideias de feminilidade e de masculinidade, implicados nos enunciados das revistas e dos perfis do Instagram. Trataremos, também, do fato de que desde a década de 1980 há um processo de consolidação da configuração do corpo como capital, algo que diversos autores denominam como a cultura do corpo, fazendo com que o próprio corpo seja insígnia de cuidado de si, da capacidade de autoaprimoramento, o que vem garantido aos sujeitos dos corpos em consonância com a moral da boa forma (sarados, secos, torneados) se legitimem como peritos no estilo de vida. Nesse processo, há diferentes construções discursivas de ideais de corporeidade masculina e feminina. É, ainda, objetivo da pesquisa analisar as estratégias discursivas que posicionam os sujeitos da prática e do desejo de uma saúde-espetáculo, baseada nas imagens de boa forma e bem-estar. Em contextos e modos distintos, tornou-se necessária a autovigilância, de modo a evitar sofrimentos ocasionados pelo descumprimento tanto dos parâmetros de otimização de si quanto daqueles de performance de gênero.
Foto Cícero Rodrigues



